03 outubro 2007

JULHO

Aconteceu. Chegou o grande dia. Enfim. Se encontraram em uma rodoviária. Se abraçaram, Ela ficou meio sem jeito e só se beijaram no rosto a princípio. Mas se reconheceram desde o primeiro contato. O coração acelerado e as mãos frias deixavam transparecer a emoção. Não podiam trocar muitas carícias e nem precisavam, estar ao lado já bastava, ao menos nesse início. O dia passou rápido, foram vários beijos, confidências, muita conversa e uma leve timidez. A saudade tomou conta novamente, Ele teria que voltar pra casa, mas o medo do desconhecido tinha sido vencido e a esperança de um futuro juntos estava nascendo. Alguns dias depois Ele viajou novamente para encontra-la. Ela amanheceu diferente, a ansiedade estava a lhe fazer mal, mas depois que o encontrou novamente naquela rodoviária, o mal estar foi passando, mas Ela sempre soube que Ele seria a sua cura. O tempo era curto, as horas passariam voando e Eles trataram de aproveitar da melhor forma possível. Seus corpos estavam cedentos de desejos e se entregaram sem medo. A timidez quis atrapalhar, mas não conseguiu. Estavam íntimos como se já estivessem juntos à muito tempo. Nada teria impedido aquele momento. O toque das mãos, a boca Dele a lhe percorrer o corpo quente, sua língua a sentir o mamilo Dela, o início da entrega... Nada mais íntimo do que Ele sugando todo o seu gosto, todo o prazer que Dela emanava. Coisas que só a Ele, Ela permitiu. Uma entrega audaz e tímida, mas totalmente inteira, sem preconceitos ou tabus. Um vai-e-vem compassado, a troca de suor, de saliva, de sabor. O melhor dos sabores: o amor! Ela também sentiu o gosto que o membro Dele lhe oferecia, toda a sua virilidade estava sob o controle das mãos e da boca Dela. Entre beijos, chupadas, lambidas, sabores e sussurros, Eles – primeiro Ela, depois Ele – chegaram ao êxtase do prazer – o gozo! Pararam pra relaxar. Ela fazia questão de continuar com o peso Dele sobre seu corpo, era uma forma de senti-lo ali, nu, inteiro e entregue, TODO SEU E SÓ SEU! Um banho para acalmar (ou aumentar) os ânimos. Os dois ali, despidos de qualquer vergonha, de almas limpas e de prazer saciados. Conversas, carinhos, olho-no-olho, cumplicidade, foram os passos seguintes Deles na cama. A hora da despedida estava chegando, uma lágrima escorreu dos olhos Dela, mas aquele momento não poderia terminar entre lágrimas. E assim foi! Se despediram cheios de esperanças e planos pra um futuro juntos, em breve (Eles não conseguiriam esperar tempo demais longe um do outro). As férias Dela terminaram, a rotina voltou, mas o amor Deles cresceu. As mensagens na Internet, no celular, as cartas, os telefonemas, tudo isso continuou, era o meio que Eles tinham de se fazerem próximos ainda que distantes. A certeza continuava: Eles conseguiriam vencer as barreiras, o amor era maior que qualquer coisa que pudessem atrapalhá-los. O amor quando é verdadeiro, é avesso a coisas pequenas, é mais forte que tudo e TUDO se torna possível.

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