30 março 2006

Eu

Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar —
Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu... Imperfeito?
Incógnito?
Divino?
Não sei...
Eu... Tive um passado?
Sem dúvida...
Tenho um presente?
Sem dúvida...
Terei um futuro?
Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu, Eu fico eu,
Eu...
Alváro de Campos

Um comentário:

Ka disse...

Achei linda essa poesia!!
As vezes fazemos tantas perguntas a nós mesmas sem sabermos da resposta! Eu ando meio assim ultimamente!
Bjokas da miga q TEAMAdora!