10 março 2009

A Incoerência é a mãe da Liberdade!

"E estava eu muito bem, a providenciar o breve término do meu relatório de estágio, quando de repente esta frase me saltou do cérebro. (Pop-up cerebral) O que é a incoerência? É uma espécie de incerteza, o dizermos uma coisa num momento, e no momento seguinte dizermos outra coisa. O dizermos que sim com o olhar, e um “não” com a boca. Ora por aqui, podemos pensar: Será sinónimo de mentira? É uma possibilidade. Se não conseguimos manter a coerência em algo, porque mentimos acerca desse assunto, somos duplamente tolos: primeiro, porque mentimos, segundo, porque não sabemos mentir. Ora, já dizia o meu dicionário, que ser coerente é sinónimo de ter lógica. E se formos ilógicos? Se escolhermos ser totalmente ilógicos e fizermos coisas coisas totalmente ilógicas? Provavelmente não somos livres o suficiente para tal… Estamos presos às amarras da sociedade que grita aos nossos ouvidos para que mantenhamos a coerência. No dia que possamos ser totalmente incoerentes seremos loucos. No dia que possamos ser totalmente incoerentes e com isso alcançarmos a nossa felicidade seremos livres. Psicologicamente incoerente "

INCOERÊNCIA

"Você é muito boa, boa demais pra mim."
"Boazinha só se fode!"
-REALMENTE-
Procuro sempre pensar nos outros, em não machucar as pessoas, em ser verdadeira, mas parece que sempre acontece de eu me machucar e deixar o outro "intacto". Faço coisas, vivo momentos, sinto só. Sim, só eu sinto! Estive ali sozinha, com um corpo. Somente. Corpos têm muitos por aí, mas uma companhia bacana, interessante, ainda que ausente, não é fácil de encontrar. Vou sentir falta!
Quis tentar, pra ajudá-lo e também pra me ajudar. Vai que de repente ele me conquistava...não sei se queria realmente, mas acho que se eu aceitei ficar com ele e me conhecendo um pouco, acho que queria sim. Me apego fácil, me entrego e se aceitei, inconscientemente, talvez eu quisesse mesmo. mas pra isso teria que ter um retorno, um "feed back", não tive.
"Tá, eu assumo!"
Talvez minha incoerência tenha um porquê.

19 outubro 2007

Amor - Por Arthur da Tavola - Aos casados há muito tempo, Aos que não casaram, Aos que vão casar, Aos que acabaram de casar, Aos que pensam em se separar, Aos que acabaram de se separar, Aos que pensam em voltar... Reflitam! Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado. Tem algum médico aí ?? Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o quê? O amor. Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar. O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, ou de machucadas e machucadas acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna. Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Respeito ao outro a aos ligados ao outro. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Muita paciência. Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar. Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar!!! Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar. Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, 'solamente', não basta. Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta. Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!

03 outubro 2007

SETEMBRO

Enfim um mês novo. Eles não imaginavam o quanto seria difícil manter o controle com toda a distância que os separava. Quase discutiram, mas já haviam combinado que uma conversa seria sempre o melhor meio de resolver qualquer dúvida que surgisse. E Eles sempre se entendiam, a “raiva” passava rapidinho e logo logo estavam cheios de dengos. Imaginavam o tempo todo como será a convivência Deles, sonham em dormir e acordar coladinhos, em presenciar coisas que só casais que dividem o mesmo teto presenciam. Arranjaram maneiras de saciar um pouco o desejo do outro, trocavam intimidades constantemente, as conversas não tinham censuras e cada vez mais se completavam. Cobrança não fazia parte do dicionário Deles, Eles se confiavam e a verdade era o meio mais fácil e correto de manter longe Deles as cobranças. Antes de qualquer coisa Eles mantinham o respeito como base fundamental na relação.
Compraram o primeiro item para a casa Deles...

AGOSTO

O mês passou lento, quase não termina, as coisas estavam difíceis, mas Eles não desistiriam. As pessoas que tentaram atrapalhar, não conseguiram. Quem tinha (e tem) inveja, não conseguiu os atingir. E quem torcia (e torce), cada dia fica mais feliz junto a Eles. O amor contagia mesmo.

JULHO

Aconteceu. Chegou o grande dia. Enfim. Se encontraram em uma rodoviária. Se abraçaram, Ela ficou meio sem jeito e só se beijaram no rosto a princípio. Mas se reconheceram desde o primeiro contato. O coração acelerado e as mãos frias deixavam transparecer a emoção. Não podiam trocar muitas carícias e nem precisavam, estar ao lado já bastava, ao menos nesse início. O dia passou rápido, foram vários beijos, confidências, muita conversa e uma leve timidez. A saudade tomou conta novamente, Ele teria que voltar pra casa, mas o medo do desconhecido tinha sido vencido e a esperança de um futuro juntos estava nascendo. Alguns dias depois Ele viajou novamente para encontra-la. Ela amanheceu diferente, a ansiedade estava a lhe fazer mal, mas depois que o encontrou novamente naquela rodoviária, o mal estar foi passando, mas Ela sempre soube que Ele seria a sua cura. O tempo era curto, as horas passariam voando e Eles trataram de aproveitar da melhor forma possível. Seus corpos estavam cedentos de desejos e se entregaram sem medo. A timidez quis atrapalhar, mas não conseguiu. Estavam íntimos como se já estivessem juntos à muito tempo. Nada teria impedido aquele momento. O toque das mãos, a boca Dele a lhe percorrer o corpo quente, sua língua a sentir o mamilo Dela, o início da entrega... Nada mais íntimo do que Ele sugando todo o seu gosto, todo o prazer que Dela emanava. Coisas que só a Ele, Ela permitiu. Uma entrega audaz e tímida, mas totalmente inteira, sem preconceitos ou tabus. Um vai-e-vem compassado, a troca de suor, de saliva, de sabor. O melhor dos sabores: o amor! Ela também sentiu o gosto que o membro Dele lhe oferecia, toda a sua virilidade estava sob o controle das mãos e da boca Dela. Entre beijos, chupadas, lambidas, sabores e sussurros, Eles – primeiro Ela, depois Ele – chegaram ao êxtase do prazer – o gozo! Pararam pra relaxar. Ela fazia questão de continuar com o peso Dele sobre seu corpo, era uma forma de senti-lo ali, nu, inteiro e entregue, TODO SEU E SÓ SEU! Um banho para acalmar (ou aumentar) os ânimos. Os dois ali, despidos de qualquer vergonha, de almas limpas e de prazer saciados. Conversas, carinhos, olho-no-olho, cumplicidade, foram os passos seguintes Deles na cama. A hora da despedida estava chegando, uma lágrima escorreu dos olhos Dela, mas aquele momento não poderia terminar entre lágrimas. E assim foi! Se despediram cheios de esperanças e planos pra um futuro juntos, em breve (Eles não conseguiriam esperar tempo demais longe um do outro). As férias Dela terminaram, a rotina voltou, mas o amor Deles cresceu. As mensagens na Internet, no celular, as cartas, os telefonemas, tudo isso continuou, era o meio que Eles tinham de se fazerem próximos ainda que distantes. A certeza continuava: Eles conseguiriam vencer as barreiras, o amor era maior que qualquer coisa que pudessem atrapalhá-los. O amor quando é verdadeiro, é avesso a coisas pequenas, é mais forte que tudo e TUDO se torna possível.

JUNHO

O namoro foi assumido. Cartas, telefonemas, torpedos, fotos, demonstrações na net pra quem quiser ver, tudo era válido. Até um toque no celular, para Eles tinha um outro significado: Eu amo você! Algo de bom aconteceu pra fortificar o relacionamento Deles: Ela viajaria de férias e Ele iria até outra cidade para se encontrarem. A ansiedade tomou conta Deles, não viam a hora de se tocarem, de sentirem o calor do corpo um do outro, de cruzarem o olhar e de enfim se beijarem.

MAIO

Mas as conversas foram tomando outros rumos, Eles conversavam quase todos os dias, trocaram telefones e até endereço. Sem perceber Eles se tratavam como se já fossem namorados, davam satisfações, compartilhavam seus desejos, seus medos, seus passados e sentiam falta de estarem perto, de se tocarem, de se sentirem. A distância já não estava importando tanto quanto antes. Ela já não gostava mais do outro e Ele já não via a prima como antes, agora ela era só uma prima, nada a mais. Estavam apaixonados e perdidos. Começaram a conversar por áudio, Eles tinham que tentar encurtar a distância através de qualquer meio possível. A voz Deles reconfortava e fazia crescer a chama que se acendeu no coração Deles.

01 outubro 2007

ABRIL

O início de um conto, uma história sem fim...
ELE E ELA Tudo aconteceu de forma inesperada. Ela achava (ou estava) apaixonada por outro. Ele talvez ainda sentisse algo mais pela prima de longe por qual se envolveu e teve um namoro rápido. Mas um dia qualquer, em uma comunidade de um site de relacionamentos da internet, ambos participavam de uma brincadeira de perguntas e respostas e Ela teria que responder: “Quando te vi pensei” a respeito Dele, só que na foto Dele, Ele aparecia de costas e Ela só pode dizer que Ele era: “misterioso”. Pouco tempo depois Ele foi diretamente no perfil Dela e mostrou uma foto em que aparecia de frente. Ela gostou e falou isso! Daquele dia em diante Eles começaram a trocar recadinhos e imediatamente surgiu um interesse da parte Dela, mas ela gostava do outro, como poderia isso? Ele também não se mostrou tão interessado logo de cara. Seriam apenas bons amigos, até porque estavam a kilometros de distância um do outro.

27 setembro 2007

Laiá laiá laiá laiá...

http://www.youtube.com/watch?v=Rk28_zip7xA

É você

É você
Só você
Que na vida vai comigo agora
Nós dois na floresta e no salão
Nada mais
Deita no meu peito e me devora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um gesto rio afora
É você
Só você
Que invadiu o centro do espelho
Nós dois na biblioteca e no saguão
Ninguém mais
Deita no meu leito e se demora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um gesto rio afora
Na vida só resta seguir
Um ritmo, um pacto e o resto rio afora

03 agosto 2007

Nós os elegemos

"Brasileiro sempre teve mania de reclamar dos seus governantes. Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias; dos governadores gerais e dos imperadores. Reclamava dos presidentes da Velha República e da República Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC, de Lula... Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse! No próximo ano, vamos ter novo presidente, novo governador, outros deputados...Ou os mesmos! Mas o povo vai continuar a reclamar.Sabe por quê? Porque o problema não está nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, funcionário ... O problema está naquele que reclama: você e eu, nós! O problema está no brasileiro. Afinal, o que se poderia esperar de um povo que sempre dá um jeitinho? Um povo que valoriza o esperto e não o sábio? Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro? Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia! Ri quando consegue puxar tv a cabo do vizinho! Sonega tudo o que pode e, quando pode, sonega até o que não pode! O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira? O que esperar de um povo que não valoriza a leitura? O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre? O que dizer de um povo que elege o Maluf de novo ?... O problema do Brasil não são os políticos; são os brasileiros! Os políticos não se elegeram; fomos nós que votamos neles. Político não faz concurso, ganha votos: o seu e o meu! Pense Nisso!

21 junho 2007

Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...
Com o passar do tempo, nossas prioridades vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas, uma coisa parece estar sempre presente. a busca pela felicidade.
Desde pequenos ficamos nos perguntando:
- Quando será que vai chegar?
E a cada nova paquera, vez ou outra, nos pegamos na dúvida:
- Será que é ele?
Como diz o meu pai:
- Nessa idade tudo é definitivo.
Pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... plaft! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito do próximo.
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta...
Mas, bom mesmo, é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente. Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
MARIO QUINTANA

30 abril 2007

Mulheres de 30...

Por Arnaldo Jabor...
Á medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30. Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração, se você tiver a intenção de conversar. Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando,vai fazer alguma coisa que queira fazer...E, geralmente, é alguma coisa bem mais interessante. Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Elas não ficam com quem não confiam. Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados... elas sempre sabem...Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens...Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um! Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça...Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada e sexy, existe um careca, pançudo em bermudões amarelos bancando o bobo para uma garota de 19 anos...Senhoras, eu peço desculpas! Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê? "Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!".
Nada mais justo!
Arnaldo Jabor

25 abril 2007

Ingredientes para o amor: CONFIANÇA, ADMIRAÇÃO E RESPEITO!

:: Rosana Braga ::
Fiquei bastante tentada a colocar o título desse texto de “Receita de Amor”. Acho que ficaria mais interessante, mas infelizmente não acredito em receitas para o amor e estaria começando com a consciência pesada. Então, resolvi dar apenas os ingredientes. A sua receita é você quem cria!Há faz alguns anos, conversando com uma amiga psicóloga – a Sandra Macedo – ela me disse que um relacionamento só poderia dar certo se estivesse baseado em três sentimentos. Eu, obviamente, imaginei que o primeiro seria o amor e os outros, nem teriam tanta importância. Qual não foi a minha surpresa quando ela citou os três e o amor ficou de fora. Passei bastante tempo refletindo se concordava com o que ela havia dito e somente depois de alguns anos compreendi que, na verdade, aquela era a “fórmula” do amor. Ou seja, não é possível sentir e principalmente manter-se sentindo amor por uma pessoa caso não a admiremos, não a respeitemos nem confiemos nela!Mas descobri que cada um de nós, quando usa essa “fórmula”, obtém o seu próprio resultado, dependendo também da combinação entre o que somos e o que o outro é! Isto é, eu posso confiar, admirar e respeitar um homem, mas nem por isso amá-lo como homem. Posso tê-lo apenas como amigo ou irmão. Mas quando acontece uma alquimia entre a química contida em dois corações, aí sim sentimos o amor pulsar e expandir nossa existência como uma espécie de magia (embora o amor não tenha nada de mágico e sim de sublime)!Na verdade, o que quero dizer é que existem muitas pessoas que acreditam estar vivendo o amor, quando na verdade estão alimentando algum outro tipo de sentimento muito aquém. Sentem-se tristes, desesperadas, perdidas, angustiadas e insistem em justificar todo esse pavor através da palavra “amor”... Sentem-se rejeitadas, desmerecidas e enganadas e, ainda assim, acreditam que amam...Mas se essas pessoas parassem por um instante, se desprendessem desses sentimentos tão dolorosos e respondessem, sinceramente, três perguntinhas, talvez descobrissem e se espantassem com o fato de que não estão vivendo o amor.Faça o teste! Pense na pessoa que você acredita que ama. Pense na relação de vocês e responda:1 – você admira essa pessoa? Admira o jeito dela, o caráter, a personalidade, a maneira como ela encara a vida, as atitudes dela diante dos problemas, diante das alegrias, enfim, você admira a alma dessa pessoa?2 – você confia nessa pessoa? Você acredita que pode contar com ela, pode confiar no que ela diz? Está certo de que ela faz o possível para cumprir o que promete e está disposta a construir uma relação baseada na sinceridade e na verdade, por mais difícil que seja?3 – você respeita essa pessoa? Considera o que ela pensa, o que ela sente e está disposta a aceitá-la, por mais diferente que ela possa ser de você? Você realmente consegue dar espaço para que ela seja como é, sem tentar o tempo todo fazer com que ela mude o seu jeito, as suas opiniões e o seu comportamento?É... talvez você se surpreenda com suas próprias respostas. Talvez você descubra que o que sente não é amor, mas capricho, falta de auto-estima, medo de ficar sozinho, conveniência, acomodação... Talvez você descubra que se acostumou com uma relação desgastante e cheia de desentendimentos, mas que nunca se questionou sobre o que realmente quer...Muitas pessoas preferem acreditar que não têm sorte no amor ou que é preferível ficar numa relação ruim a ficar sozinho, mas na verdade estão apenas com medo de tentar, com medo de sair em busca de um amor intenso, com medo de se livrar de uma pessoa que só lhes faz mal e perder o lugar de vítima!É bem mais fácil ter argumentos para justificar um amor que não deu certo do que se arriscar a encontrar uma pessoa maravilhosa, companheira, sincera e profunda e ter de lidar com seus próprios defeitos, com suas próprias inseguranças e culpas...Pois eu sugiro que você não aceite menos, não aceite pouco. Exija o melhor de você mesmo e do outro. Exija respeito, confiança e admiração. Sinta isso pela pessoa amada... Sinta isso, acima de tudo, por si mesmo! E se não puder, pare onde estiver e proponha-se a aprender e se preparar para o verdadeiro amor! Sempre há tempo, mas não demore muito.