03 outubro 2007

SETEMBRO

Enfim um mês novo. Eles não imaginavam o quanto seria difícil manter o controle com toda a distância que os separava. Quase discutiram, mas já haviam combinado que uma conversa seria sempre o melhor meio de resolver qualquer dúvida que surgisse. E Eles sempre se entendiam, a “raiva” passava rapidinho e logo logo estavam cheios de dengos. Imaginavam o tempo todo como será a convivência Deles, sonham em dormir e acordar coladinhos, em presenciar coisas que só casais que dividem o mesmo teto presenciam. Arranjaram maneiras de saciar um pouco o desejo do outro, trocavam intimidades constantemente, as conversas não tinham censuras e cada vez mais se completavam. Cobrança não fazia parte do dicionário Deles, Eles se confiavam e a verdade era o meio mais fácil e correto de manter longe Deles as cobranças. Antes de qualquer coisa Eles mantinham o respeito como base fundamental na relação.
Compraram o primeiro item para a casa Deles...

AGOSTO

O mês passou lento, quase não termina, as coisas estavam difíceis, mas Eles não desistiriam. As pessoas que tentaram atrapalhar, não conseguiram. Quem tinha (e tem) inveja, não conseguiu os atingir. E quem torcia (e torce), cada dia fica mais feliz junto a Eles. O amor contagia mesmo.

JULHO

Aconteceu. Chegou o grande dia. Enfim. Se encontraram em uma rodoviária. Se abraçaram, Ela ficou meio sem jeito e só se beijaram no rosto a princípio. Mas se reconheceram desde o primeiro contato. O coração acelerado e as mãos frias deixavam transparecer a emoção. Não podiam trocar muitas carícias e nem precisavam, estar ao lado já bastava, ao menos nesse início. O dia passou rápido, foram vários beijos, confidências, muita conversa e uma leve timidez. A saudade tomou conta novamente, Ele teria que voltar pra casa, mas o medo do desconhecido tinha sido vencido e a esperança de um futuro juntos estava nascendo. Alguns dias depois Ele viajou novamente para encontra-la. Ela amanheceu diferente, a ansiedade estava a lhe fazer mal, mas depois que o encontrou novamente naquela rodoviária, o mal estar foi passando, mas Ela sempre soube que Ele seria a sua cura. O tempo era curto, as horas passariam voando e Eles trataram de aproveitar da melhor forma possível. Seus corpos estavam cedentos de desejos e se entregaram sem medo. A timidez quis atrapalhar, mas não conseguiu. Estavam íntimos como se já estivessem juntos à muito tempo. Nada teria impedido aquele momento. O toque das mãos, a boca Dele a lhe percorrer o corpo quente, sua língua a sentir o mamilo Dela, o início da entrega... Nada mais íntimo do que Ele sugando todo o seu gosto, todo o prazer que Dela emanava. Coisas que só a Ele, Ela permitiu. Uma entrega audaz e tímida, mas totalmente inteira, sem preconceitos ou tabus. Um vai-e-vem compassado, a troca de suor, de saliva, de sabor. O melhor dos sabores: o amor! Ela também sentiu o gosto que o membro Dele lhe oferecia, toda a sua virilidade estava sob o controle das mãos e da boca Dela. Entre beijos, chupadas, lambidas, sabores e sussurros, Eles – primeiro Ela, depois Ele – chegaram ao êxtase do prazer – o gozo! Pararam pra relaxar. Ela fazia questão de continuar com o peso Dele sobre seu corpo, era uma forma de senti-lo ali, nu, inteiro e entregue, TODO SEU E SÓ SEU! Um banho para acalmar (ou aumentar) os ânimos. Os dois ali, despidos de qualquer vergonha, de almas limpas e de prazer saciados. Conversas, carinhos, olho-no-olho, cumplicidade, foram os passos seguintes Deles na cama. A hora da despedida estava chegando, uma lágrima escorreu dos olhos Dela, mas aquele momento não poderia terminar entre lágrimas. E assim foi! Se despediram cheios de esperanças e planos pra um futuro juntos, em breve (Eles não conseguiriam esperar tempo demais longe um do outro). As férias Dela terminaram, a rotina voltou, mas o amor Deles cresceu. As mensagens na Internet, no celular, as cartas, os telefonemas, tudo isso continuou, era o meio que Eles tinham de se fazerem próximos ainda que distantes. A certeza continuava: Eles conseguiriam vencer as barreiras, o amor era maior que qualquer coisa que pudessem atrapalhá-los. O amor quando é verdadeiro, é avesso a coisas pequenas, é mais forte que tudo e TUDO se torna possível.

JUNHO

O namoro foi assumido. Cartas, telefonemas, torpedos, fotos, demonstrações na net pra quem quiser ver, tudo era válido. Até um toque no celular, para Eles tinha um outro significado: Eu amo você! Algo de bom aconteceu pra fortificar o relacionamento Deles: Ela viajaria de férias e Ele iria até outra cidade para se encontrarem. A ansiedade tomou conta Deles, não viam a hora de se tocarem, de sentirem o calor do corpo um do outro, de cruzarem o olhar e de enfim se beijarem.

MAIO

Mas as conversas foram tomando outros rumos, Eles conversavam quase todos os dias, trocaram telefones e até endereço. Sem perceber Eles se tratavam como se já fossem namorados, davam satisfações, compartilhavam seus desejos, seus medos, seus passados e sentiam falta de estarem perto, de se tocarem, de se sentirem. A distância já não estava importando tanto quanto antes. Ela já não gostava mais do outro e Ele já não via a prima como antes, agora ela era só uma prima, nada a mais. Estavam apaixonados e perdidos. Começaram a conversar por áudio, Eles tinham que tentar encurtar a distância através de qualquer meio possível. A voz Deles reconfortava e fazia crescer a chama que se acendeu no coração Deles.