21 setembro 2006

De Libélula a borboleta

Fugistes querida, bem sei, para em teu castelo te ocultar! Por que te amedrontas tanto assim? Duvidas de mim? Não resistes aos meus galanteios, ou outro tens a te encantar? Não vê que por pouco tempo te secretarás? Pois no impulso do tempo teu casulo romperás? Que fazes aí? Se nem o sol descortinas a raiar? Tuas amigas, companheiras, já estão a te sondar. Aflitas, querem te escutar. Não ouves o seu farfalhar? Flores multicoloridas como tuas asas, aquí estão a te espreitar. Pensam... Que faz essa menina sem trabalhar? Descansa sem parar? É a lei da Natureza: deve polinizar. Veja, estrelas estão a brilhar! E, nossos olhos a encantar. Sai Amor! Todos estão a te esperar. E eu, sofrendo, ansioso, a te aguardar. Não precisas tanto te enfeitar. És bela como o Luar. Fostes obra da Mãe Natureza, e até a Lua está a te invejar. Vem querida, não demore ...Pois, louco estou pra te beijar. E, tuas faces acariciar. Elas rubras como carmim, a me aceitar. Ah, deixa-me sonhar! Sai amor, este "casulo" é pobre, é escuro, não serve pra te abrigar, te aconchegar. Muito mais estou a te ofertar. O Castelo é lindo, crê em mim, vais adorar! Em noites enluaradas, horas e horas, sem fim, me ponho a pensar. Que fiz de tão mal, ó Deus, pra sofrer tanto assim? Quantas noites ainda devo aguardar, pra minha Princesa se aprontar. Por que me rejeitar? Se em seus pés coloco todo o meu Ser, todo o meu Viver. Outro tens disputando o teu coração? E, pensas em lhe dar a mão. Estas Belas Asas Azuis, Não! Não resistirei, e ele enfrentarei . Pensa enquanto aí estás, só amar? O que vais ganhar? Sei que fugistes para meditar. Pois não era hora de tuas vestes trocar! Só peço: não tardes tanto! Posso perder o encanto! E, nos caminhos de tua vida Outro podes, não encontrar que tão enamorado e ardente esteja Que tanto se exponha e, te deseja! Em uma noite de luar outro sincero amor encontrar. Seu Príncipe Encantado, seu Eterno Namorado O Pirilampo Enamorado!